Reversão da vasectomia ou fertilização in vitro seriam solução. Uma terceira possibilidade seria o congelamento de sêmen pré-vasectomia
A infertilidade pós-vasectomia pode ser tratada de duas maneiras. A primeira opção é a cirurgia de reversão de vasectomia. Trata-se de uma microcirurgia, na qual basicamente se realiza a recanalização dos canais deferentes, que foram bloqueados na vasectomia.
É uma cirurgia de mais ou menos três horas de duração, que tem uma taxa de sucesso (gravidez) alta. Quanto mais curto for o tempo decorrido entre a realização da vasectomia e a reversão, melhores são os resultados.
A segunda opção de tratamento é a realização de fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Os espermatozoides são obtidos através de punções nos epidídimos, onde ficam armazenados os espermatozoides no testículo, com agulha fina ou biópsia testicular aberta ou percutânea. Quanto mais jovem for a parceira, melhores são as chances de gravidez.
O congelamento de sêmen antes da realização da vasectomia não é um procedimento rotineiro na prática clínica, pois o paciente que pretende ser submetido a essa cirurgia deve estar convicto de que não deseja ter mais filhos. Caso ele não tenha essa convicção, deverá ser aconselhado a não fazer esse procedimento e usar outros métodos contraceptivos. Deverá ser informado ainda que tanto a reversão da vasectomia quanto a fertilização in vitro não têm garantia de sucesso.
O congelamento de sêmen pré-vasectomia, portanto, é um procedimento de exceção, que gera custos para o paciente, durante um período indeterminado, além de não garantir sucesso no tratamento caso esse sêmen congelado seja utilizado para realização de fertilização in vitro.
Criopreservação deve ser indicado principalmente para pacientes que podem perder a fertilidade em procedimentos que prejudiquem o processo de formação de espermatozoides (espermatogênese), como quimioterapia, radioterapia ou cirurgias indicadas para tratamento de câncer ou de outras doenças. Mas o congelamento é factível e pode ser discutido com os pacientes antes da vasectomia.
Fonte: Portal da Urologia