A lei que atualmente regulamenta a realização de vasectomia no Brasil é a nº14.443/2022, que diz que os indivíduos que podem ser submetidos à vasectomia são aqueles com 21 anos de idade ou mais ou, pelo menos, aqueles com dois filhos vivos, devendo respeitar o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação do desejo de ser submetido ao procedimento e a realização do ato cirúrgico. Não mais é necessário o consentimento do cônjuge para a realização da cirurgia.

Não! O procedimento de vasectomia não interfere nos mecanismos necessários para que o homem possa ter uma ereção.

Na verdade, a vasectomia é um procedimento que pode ser revertido. Não há um método novo que se diferencie essencialmente dos procedimentos que eram realizados anteriormente.

A questão é que a cirurgia para a reversão de vasectomia (saiba mais sobre isso) é um procedimento minucioso e demorado que demanda um urologista com expertise em

microcirurgia para sua realização, não sendo coberto por plano de saúde. Algumas instituições do SUS realizam esse tratamento, mas não é amplamente disponível.

Não é possível garantir sucesso na cirurgia de reversão, e as taxas de sucesso vão depender do tempo desde quando foi realizado o procedimento de vasectomia.

Sim, a vasectomia pode falhar. Isso acontece quando, espontaneamente, os canais (ductos deferentes) que foram cortados se recanalizam. Apesar de raro, isso pode acontecer e tem uma estimativa de ocorrer com um a cada dois mil homens submetidos a essa cirurgia.

Não. O procedimento de vasectomia é realizado com anestesia, que pode ser local somente. Dessa forma, o paciente sentirá dor leve apenas na aplicação da medicação anestésica. Também pode ser realizado com o auxílio de um médico anestesista. Nesse último caso, geralmente, o paciente estará sedado e não terá percepção do momento da aplicação do anestésico local.

Após a realização da vasectomia, inicialmente, ainda se espera encontrar a presença de espermatozoides no esperma, dessa forma, ainda é necessária a utilização dos outros métodos contraceptivos aos quais o paciente esteja habituado. Após, em média, 60 dias, dependendo do número de ejaculações que o paciente tiver desde o procedimento, é esperado que não mais tenha espermatozoides no sêmen, então, o homem deve ser submetido a um exame de espermograma. Sendo constatada pelo urologista a ausência de espermatozoides no exame, pode-se deixar de utilizar os outros métodos contraceptivos.

Sim, a vasectomia é um procedimento que está incluído no rol de cirurgias da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), portanto, tem cobertura pelo plano de saúde. Para tal, é necessário que o procedimento seja realizado por um profissional conveniado ao seu plano. Quando o urologista escolhido não for conveniado ao plano de saúde, o paciente pode utilizar a nota fiscal ou recibo do serviço prestado para solicitar reembolso dos valores investidos para a realização da cirurgia. O reembolso pode ser integral, ou parcial a depender do contrato que o paciente tem com o plano.

O procedimento pode também ser realizado pelo SUS. Geralmente, o paciente deverá buscar atendimento, inicialmente, em uma Unidade Básica de Saúde e manifestar o seu desejo em realizar a cirurgia. Essa unidade, então, o encaminhará para os locais onde é realizada essa operação, determinados pela administração pública do município onde o paciente reside.